Defesa de Lula usa estratégia para atrasar processos

Os advogados do ex-presidente têm apresentado uma lista de dezenas de testemunhas de defesa, inclusive estrangeiras, para depor

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem adotado procedimentos que atrasam os processos contra o petista iniciados após o caso tríplex. Já condenado em segunda instância, Lula aguarda agora o julgamento de recurso que pode abrir caminho para sua prisão. Nos outros seis processos aos quais responde, o petista ainda não foi sentenciado.

Os advogados do ex-presidente têm apresentado uma lista de dezenas de testemunhas de defesa, inclusive estrangeiras, para depor. Essa é considerada uma das estratégias da defesa, que aguarda esses depoimentos e, depois que a Justiça expediu intimações, desiste de parte delas.

Como destaca a Folha de S. Paulo, em um dos processos que estão com Moro foram apresentadas 86 testemunhas (uma delas erroneamente citada duas vezes) e, em outro, 59. Em Brasília, ao juiz Vallisney Oliveira, a defesa relacionou 80 nomes em uma ação.

Os números foram questionados por Moro e Vallisney, que chegou a pedir para que fosse reduzido a 32, já Moro quis que Lula assistisse a todas as audiências.

No entanto, Lula recorreu aos Tribunais Regionais Federais e conseguiu manter a quantia inicial integralmente. Mas, mais tarde, desistiu de 22 duas delas na ação de Curitiba e de ao menos 40 na de Brasília.

Além disso, a publicação destaca que houve episódios de testemunhas listadas em duas ações e, depois de intimadas, excluídas de ambas. O ex-ministro Aldo Rebelo é um deles, ele foi relacionado no caso tríplex e no que julga tentativa de compra de terreno que sediaria o Instituto Lula pela Odebrecht.

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