Encontro da Rede Brasileira de Teatro de Rua vai reunir mais de 150 artistas em Rio Branco

Zona Urbana, Zona Rural – previsão de céu claro, nuvens esparsas, sol forte, calor intenso, e muito, muito, muito artista vindo ao Acre pela primeira vez.

Eles são da Rede Brasileira de Teatro de Rua, chegam e integram à trupe do Grupo Vivarte que, além de organizar o XIII Encontro da Rede Brasileira de Teatro de Rua, prepara também duas mostras culturais: a I Mostra Ao Pé da Samaúma e a I Mostra Área Viva de Teatro. Parece confuso? Sim, é bastante coisa. Afinal, são mais de 150 pessoas envolvidas, cerca de 12 grupos de teatro, artistas de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, entre outros, que estarão reunidos durante oito dias, em atividades que envolvem apresentações teatrais, cortejos, trilhas ambientais, rodas de conversas, além de palestra e plenárias.

A programação dos três eventos acontece no período de 24 a 31 de outubro, e está divida entre a Área Viva, localizada na Estrada Ac-90 – Km 36 da Transacreana, no Parque Urbano Capitão Ciríaco, Terminal Urbano e Universidade Federal do Acre. Todas as atividades serão realizadas em espaços públicos, pela parte da tarde e da noite, e são abertas a todos os interessados.

De acordo com Maria Rita, diretora do Grupo Vivarte e uma das articuladoras da Rede Brasileira de Teatro de Rua, vários artistas e produtores já estão na cidade trabalhando nos últimos preparativos para o Encontro. Eles estão hospedados na Casa de Cultura Vivarte e na Área Viva. A diretora chama atenção para alguns detalhes que determinam a imersão dos artistas na realidade local: “Ninguém vai se hospedar em hotel, vamos acampar; e a alimentação terá como base os alimentos produzidos na Área Viva”, conta. Assim, para ela, mesmo antes ou depois dos espetáculos, o encontro não vai parar. “Os artistas serão convocados à convivência diária, durante todos esses dias, seja na floresta, na cidade, no palco ou fora dele”, explica Rita.

Para Sabrina Motta, também articuladora da Rede e integrante do Núcleo Pavanelli de Teatro (SP), a expectativa é de muitas transformações: “Tenho a sensação de que muita coisa vai mudar para todo mundo.Tem gente vindo no Acre pela primeira vez, e que pela primeira vez vai ter uma experiência na Floresta, somada às questões espirituais locais e à consciência ecológica”, diz. É também nesse sentido o comentário de Tiago Cintra, outro integrante da Rede e do Pavanelli.

“Este encontros ultrapassam uma questão estética da arte. Pensar que pessoas de diferentes realidades e culturas vão se encontrar e compartilhar seus conhecimentos durante todos esses dias, aqui no Acre, gera uma expectativa muito grande”, diz ele.

Sobre a Rede

Criada em 2007, a Rede Brasileira de Teatro de Rua – RBTR, é um espaço de organização horizontal, democrático e inclusivo, onde grupos, artistas, trabalhadores, pesquisadores e pensadores envolvidos com o fazer artístico da rua interagem, articulam e refletem sobre seu trabalho. O intercâmbio entre os grupos ocorre de forma virtual, através do blog da rede e do grupo de e-mails; e presencial, através da realização de dois encontros anuais, que já ocupam lugar de destaque na agenda cultural nacional. O primeiro encontro de 2013 aconteceu em fevereiro, em Brasília. O segundo acontece este mês, em Rio Branco, financiado por meio do Fundo Estadual de Cultura, gerenciado pela Fundação Elias Mansour. Além de representarem um momento de confraternização e intensa troca e apreciação artística, o encontro tem como foco a discussão, a reflexão e a articulação entre os grupos e artistas de rua.

O Grupo Vivarte tem marcado presença nos encontros da Rede. “É a oportunidade de o grupo dialogar com tudo o que é produzido e discutido em termos de teatro de rua no país, além de divulgar o teatro acreano”, conta Dani Mirini, integrante do Grupo Vivarte e da Rede. Quanto à edição que acontece em Rio Branco, para artista, será um momento único. “Realizar esse encontro aqui significa movimentar o cenário do teatro de rua local, trazer intervenções artísticas de todo o Brasil para a apreciação de nossos artistas e de nossa comunidade”, diz. Para mais informações acesse: http://blogdovivarte.blogspot.com.br/.

(Reportagem: Giselle Lucena)

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