Mãe que batia na filha estuprada por padrasto é presa e apresentada na DEPCA

Delegada Linda Gláucia de Moraes

Amazonianarede – Assessoria

Manaus – A Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) prendeu na noite desta segunda-feira Andréa* mãe de uma criança de nove anos. Ela é suspeita de encobrir os abusos cometidos pelo marido contra a própria filha e também de agredir a criança sob a acusação de que a mesma estaria tentando lhe roubar o marido.

O caso teve início na última semana, quando um vídeo, no qual a criança aparecia sendo estuprada pelo companheiro da mãe da vítima chegou às mãos da delegada titular, Linda Gláucia de Moraes. Após identificar o autor do vídeo, uma diligência foi à casa do suspeito, no último dia 13, e o prendeu. Em depoimento, a criança alegou que o caso teria ocorrido no município de Iranduba, na tentativa de inocentá-lo da acusação.

Intimados a retornar à delegacia no dia seguinte para que a criança fosse ouvida por um psicólogo, os pais não mais apareceram, o que levantou suspeitas por parte da delegada. Após deslocar equipes ao endereço da família, foi descoberto que os mesmos haviam se mudado do local para um endereço não informado. Investigações apontaram o local da nova moradia e na tarde desta segunda-feira, 19, os policiais localizaram mãe e filha. A mãe da menor foi presa em cumprimento de mandado de prisão preventiva expedido pela juíza Patrícia Chacon, da Vara de Proteção à Criança, Adolescente e Idoso.

Em depoimento, a suspeita admitiu ter presenciado a criança sendo aliciada, pelo companheiro, mas alegou que não sabia da consumação do ato sexual. A criança, que neste novo depoimento admitiu ser o próprio padrasto que cometia os abusos sexuais, confirmou que a mãe sabia do ocorrido e acrescentou que sempre ao final das relações sexuais, era agredida por ela e que a mesma a acusava de querer roubar seu marido.

A Delegada Linda Gláucia confirmou que a omissão da mãe contribuiu significativamente para que a criança fosse vitimizada. ”A mãe está sendo presa por essa omissão, visto que ela tem o dever legal de zelar pelo bem estar de sua filha, o que não estava sendo feito”, explicou a delegada. Andréa* será encaminhada à Cadeia Pública

*nome fictício em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

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