Meninas do Iranduba vencem o Vasco e estão na final do o sub-20

Iranduba, na final do Brasileiro feminino sub-20

 

Iranduba, na final do Brasileiro feminino sub-20
Iranduba, na final do Brasileiro feminino sub-20

Manaus, AM – Histórico. Não há outra palavra para definir a vitória nos pênaltis do Iranduba sobre o Vasco, na noite desta quarta-feira, na Arena da Amazônia, em Manaus

Com gols de Laís para o cruzmaltino e Milena para o Hulk, o time amazonense fez 4 a 2 nas penalidades e chegou, sob o olhar de mais de 8 mil pessoas, à finalíssima da Liga Sub-20 de futebol feminino.

A façanha das meninas do Iranduba, foi vista por mais de  oito mil pessoas, na Arena da Amazônia.

O jogo

A partida foi bastante equilibrada, com um alto nível técnico. No primeiro tempo, chances para os dois lados, com uma leve superioridade irandubense já no fim da etapa inicial.

A emoção de verdade estava guardada para segundo tempo. Logo aos 12 minutos, Laís se aproveitou de um erro da zaga adversária, saiu driblando e só parou nas redes irandubenses, após um chute colocado. Um a zero.

Aí, brilhou a estrela do técnico José Said. Sem conseguir se aproximar com qualidade da área do Vasco, ele pôs em campo Milena, emprestada junto ao Corinthians/Tiger (time de futsal de São Paul) especialmente para a semifinal. O tempo de reação era cada vez mais curto, porém Milena teve frieza ao receber com liberdade uma bola pela esquerda, ajeitar, e bater no cantinho, o único onde a bola poderia passar. Um a um.

Faltando pouco mais de 10 minutos para o fim do jogo, o Iranduba tinha um clima completamente favorável e o gol da virada parecia próximo.

Said resolveu colocar Giselinha no jogo, que como sempre, sorriu ao saber que entraria. Pela lateral esquerda, ela atormentou a vida das defensoras vascaínas, e por muito pouco, não deu início ao que teria sido o gol da virada.

Após uma bela enfiada, Giselinha avançou pela lateral esquerda, invadiu a área e bateu firme, obrigando a goleira do Vasco a dar rebote. Na sobra, Elisa, embaixo da trave, com a arqueira caída, bateu para fora, perdendo um gol inacreditável aos 46 minutos do segundo tempo. 

Mais de oito mil pessoas, assistiram o jogo na Arena da SAmazônia
Mais de oito mil pessoas, assistiram o jogo na Arena da SAmazônia

Sol, a estrela maior

Com o perdão pelo trocadilho infame, é hora de falar da maior estrela do dia. Sol, goleira reserva, fazia o aquecimento aos 45 do segundo tempo, quando de repente, Said levanta do banco e a chama desesperadamente.

As reservas de linha que também estavam aquecendo não entendiam quem ele estava chamando, talvez porque não esperasse que nesta altura do jogo, o treinador fosse querer trocar de goleira.

Sol estava tão compenetrada assistindo à partida que demorou a perceber que era com ela. Correu e calçou a luva, que tinha deixado no banco. Entrou no jogo para a decisão de pênaltis, e pegou aquele que levou o Iranduba à decisão.

O Iranduba fará a final contra o Adeco-SP, que venceu o Aliança-GO por 3 a 1. A final será na sexta-feira, 20h.

Público expressivo 

A entrada liberada e o apelo público por apoio feito pelas jogadoras irandubenses, que fizeram até uma música pedindo a presença da torcida, funcionaram, e a Arena da Amazônia recebeu 8.413 torcedores em uma noite de quarta-feira, quando a concorrência com o futebol da TV é grande. Mais um público histórico na conta do Iranduba.

Nem tudo são flores

Durante o jogo, uma confusão com uma das organizadas do Vasco terminou com duas pessoas detidas. De acordo com a Secretaria de Estado e Esporte, Juventude e Lazer (Sejel), dois homens se envolveram em uma briga com os organizados.

Um por estar com a camisa do Corinthians no meio da torcida vascaína, e outro, por estar usando a camisa de uma outra organizada cruzmaltina. Ambos foram retirados do meio da torcida uniformizada pela Polícia Militar, e liberados do lado de fora do estádio.

No fim do jogo, as jogadoras do Iranduba partiram para comemorar a classificação em frente a torcida do Vasco. As flechadas imaginárias das meninas do Hulk foram revidadas com tênis atirados no gramado, que na sequência, se tornaram troféus nas mãos das jogadoras.

Amazonianarede-GE

 

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