Michel Temer discursa pela 2ª vez na abertura Assembleia Geral da ONU

Brasil tradicionalmente faz o primeiro discurso nas Assembleias Gerais da ONU desde 1947

N.York, EUA – O presidente do Brasil, Michel Temer, discursou hoje na abertura da 72ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

O país tradicionalmente faz o primeiro discurso, na qualidade de presidente da Assembleia, desde 1947. O protocolo só foi quebrado em 1983 e 1984, quando os Estados Unidos falaram primeiro.

Essa será a primeira vez que Temer vai falar no evento depois de ter sido denunciado no exercício do cargo, no Brasil.

Logo em seguida, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também se pronuncia.

Amazônia, meio ambiente, economia e refugiados

Em seu discurso, Temer defendeu uma “reforma” da ONU, sem entrar em detalhes, sinalizando a necessidade de modernizar a instituição.

O presidente brasileiro citou também a importância do acordo de Paris, do qual o Brasil é signatário e que consiste em uma lista de medidas para combater o aquecimento global. Em relação ao Brasil, Temer afirmou que o país tem matriz energética mais limpa do que a média mundial e está conseguindo reduzir o desmatamento da Amazônia.

Como já era esperado, Temer também falou sobre as crises de refugiados, um dos grandes temas da Assembleia deste ano, afirmando que o Brasil recebe de braços abertos os estrangeiros de países em crises humanitárias.

O discurso incluiu ainda críticas ao nacionalismo exacerbado e a defesa de negociações diplomáticas para minimizar crises recentes, como o terrorismo e as ameaças de ataques nucleares da Coreia do Norte.

“Recusamos os nacionalismos exacerbados. Não acreditamos no protecionismo  como saída para as dificuldades econômicas – dificuldades que demandam respostas efetivas para as causas profundas da exclusão social”, defendeu o presidente diante dos líderes dos 193 países-membros da ONU.

Temer também citou brevemente as melhoras na economia brasileira, dizendo que o governo tem conseguido fazer a economia voltar a crescer, sem citar dados.

“Sem responsabilidade fiscal, a responsabilidade social não passa de um discurso vazio”, disse.

Contexto

No ano passado, Temer reiterou o compromisso “inegociável” do país com a democracia e abordou alguns conflitos internacionais, como o de Israel e da Palestina e a guerra na Síria.

Desta vez, a reunião está desprestigiada: não comparecem Angela Merkel, a chanceler da Alemanha, às voltas com as eleições em seu país; Xi Jingping, presidente da China; Vladimir Putin, o presidente da Rússia; nem Nicolás Maduro, da Venezuela.

A maior expectativa é em relação à fala de Trump, que durante a campanha eleitoral criticou duramente o papel das Nações Unidas na diplomacia mundial.

Amazonianarede-Exame

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