Paratleta do Ctara conquista prata no Parapan-Americano e garante vaga no Mundial do México

O amazonense Lucas Santos, 15, iniciou bem o ano. Isso porque, pela primeira vez defendendo a seleção brasileira Paralímpica de Jovens, o paratleta conquistou a medalha de prata no Halterofilismo (até 49kg), na disputa do Parapan-Americano, em São Paulo, que ocorreu da última segunda-feira (20) até o último sábado (25). Para ir à competição, o paratleta recebeu apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel).

De volta aos treinos, na manhã desta segunda-feira, dia 27, no Centro de Treinamento de Alto Rendimento da Amazônia (Ctara), localizado na Vila Olímpica de Manaus, no Dom Pedro, o jovem exibia com orgulho a medalha mais importante da carreira, iniciada em 2015.

“É a medalha mais importante da minha vida. É a minha primeira competição internacional e a primeira com a seleção. Estou muito feliz e ainda consegui o índice para disputar o Mundial no México, em setembro”, comemorou Santos, que nasceu com epifisiólise – deslizamento do fêmur com a bacia – que passou a se agravar a partir dos 12 anos.

Rivalidade antiga – A primeira disputa internacional de Lucas ainda contou com uma rivalidade antiga dos campos para os ‘pesos’, uma vez que a decisão do título ficou entre o brasileiro e um argentino.  Na final, o paratleta ‘hermano’ ficou com o ouro.

“Na minha primeira tentativa levantei 70 quilos, na minha segunda quando fui levantar 80 quilos os juízes disseram que fiz um movimento inválido e acabei queimando minha tentativa. Na minha terceira, levantei os 80 e fiquei com a prata. Na última tentativa o argentino fez 92 quilos e ficou com o ouro. Se eu tivesse outra tentativa teria levantado os 92, mas estou feliz”, contou.

Acompanhado da avó Maria Graciete no primeiro treino após a conquista, o neto recebeu vários elogios da matriarca da família, que acredita inclusive que o jovem pode estar nas Paralimpíadas de Tóquio em 2020. “Estou muito orgulhosa do meu filho. Acompanho ele e estou muito feliz. Era o sonho dele conquistar essa medalha, agora ele fica mais próximo de uma Paralimpíada. É treinar, se esforçar, que ele vai conseguir”, avisou. 

Orgulho do treinador – Orgulhoso com a medalha conquistada pelo aluno, o treinador e ex-paratleta, José Maria, fez questão de enaltecer a obediência do jovem nos treinos. A medalha obtida no Parapan, também serviu para o próprio treinador reconhecer que o trabalho, ainda no primeiro ano como técnico, está sendo realizado da forma correta.

“É uma medalha importante, não só para ele como para mim também. É o meu primeiro ano como treinador, deixei de ser paratleta para iniciar a carreira de treinador. Ele e o Vitor (Afonso) são bons alunos, boas pessoas, que se dedicam muito no que peço. Vamos agora pegar mais pesado para que no mundial do México ele possa levantar de 180 a 190 quilos”, afirmou o treinador.

Trabalhar mais – Convocado pela seleção para a disputa no halterofilismo junto com Lucas, o paratleta Vitor Afonso, 20 anos, não conseguiu o mesmo feito que o colega. Sem medalha, o paratleta prometeu treinar ainda mais forte para as próximas disputas.

“Foi uma grande experiência com a seleção brasileira. Lá na competição a adrenalina corre na veia, não consegui medalhar e agora é me preparar para uma nova convocação para o Mundial no México. Tenho que treinar mais, corrigir os erros e fazer boas competições nos regionais e brasileiros. Em julho vai sair uma nova convocação e espero ser chamado” disse.

AMAZONIANAREDE-SEMCOM

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