Serie de mortes no mês de julho, teve a participação de grupo de extermínio e Policiais Militares

O balanço foi apresentado pela cúpula da Secretaria de Segurança Pública, liderada pelo secretário Sérgio Fontes
O balanço foi apresentado pela cúpula da Secretaria de Segurança Pública, liderada pelo secretário Sérgio Fontes
O balanço foi apresentado pela cúpula da Secretaria de Segurança Pública, liderada pelo secretário Sérgio Fontes

Amazonas – Deflagrada nesta sexta-feira pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, a “Operação Alcateia”, conseguiu prender 15 suspeitos de terem participação nas mais de 30 mortes registradas em um final de semana na capita no mês de julho. A Serie de mortes no mês de julho, teve a participação de grupo de extermínio e Policiais Militares

Ao grupo, a investigação atribui oito das 34 mortes investigadas pela SSP-AM e Ministério Público Estadual do Amazonas (MPE-AM). Além de 12 PMs, três cidadãos civis foram presos, suspeitos de dar apoio aos crimes do grupo. Segundo o corregedor geral da SSP-AM, Leandro Almada, as características das mortes apontavam para um grupo de extermínio na capital.

“Havia características da presença de um grupo de extermínio pela sequência geográfica dos crimes, pelo material balístico utilizado e pelo transporte usado nas ações criminosas. No decorrer das investigações, confirmamos que os servidores que tinham acessos a munição do estado estavam nesse grupo. Também temos provas contundentes e irrefutáveis que esses policiais matavam para subtrair armas, drogas e até por diversão”, disse.

As investigações apontaram que os PMs matavam tanto aqueles que consideravam criminosos, como pessoas inocentes e que, após a série de morte, continuaram agindo nos meses de agosto, setembro e outubro. Depois de conseguir armas e entorpecentes, o grupo revendia o material para traficantes da capital. Ao todo, são atribuídos 22 atos criminosos ao grupo, sendo 10 homicídios e 12 tentativas de homicídios.

Facção criminosa

Com dados obtidos na Operação La Muralla, a investigação identificou que parte dos crimes ocorridos em julho também é de autoria de uma facção criminosa. A morte do sargento da PM, Afonso Camacho, foi usada pela faccção como bode expiatório para o assassinato de inimigos e posterior atribuição de crimes aos PMs, segundo a Polícia Federal no Amazonas (PF-AM).

“A facção aproveitou o momento de forma oportunista para acertar as contas com seus desafetos. Eles ainda ordenaram que parentes e aliados comentassem em páginas de jornais na internet que policiais seriam os culpados”, disse Marcelo Rezende, superintendente da PF-AM.

Os suspeitos serão indiciados por homicídios e tentativas de homicídios. Os presos serão levados para o presídio policial militar, localizado no bairro Monte das Oliveiras, na Zona Norte de Manaus. Ainda segundo a corregedoria da SSP-AM, as investigações vão continuar e ainda podem revelar novos crimes atribuídos ao grupo. Ao final do procedimento criminal, será instaurado procedimento administrativo, que pode resultar na expulsão dos PMs da corporação.

Resposta

‘Não há um grande grupo de extermínio’ O secretário de segurança do estado, Sérgio Fontes, disse que a operação, realizada em conjunto com outras instituições, serviu para dar a “resposta” que a sociedade merecia. “Foi um fato de grande repercussão nacional e internacional decorrente de forças negativas e criminosas e de agentes da lei cometendo crimes. Não há um grande grupo de extermínio da PM. Tivemos essas prisões preventivas, mas eles ainda não foram considerados culpados. Não podemos deixar uma pequena quantidade de policiais macular uma esmagadora quantidade de PMs dignos”, disse.

De acordo com o secretário, com a desarticulação do grupo de PMs e da liderança da facção criminosa, o número de homicídios deve reduzir em Manaus.

Operação Alcateia

A operação Alcateia contou com 130 policiais, sendo 24 da Força Especial de Resgate e Assalto (Fera), 17 oficiais da PM e 21 policiais federais. As investigações são conduzidas por uma Força Tarefa coordenada pela SSP-AM, sob supervisão da Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública, com cooperação da Polícia Federal e do Ministério Público do Estado do Amazonas, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

De acordo com o MP, foram apreendidos cinco carros, uma moto, cinco pistolas  ponto 40, duas pistolas ponto 380, cinco revólveres calibre 38, uma escopeta, uma arma de choque não letal, além de quase 1kg de droga.

Amazonianarede-SSP

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.